Coluna da Seliane Ventura – Setembro amarelo passou, a prevenção ao suicídio não

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O suicídio atualmente mata mais do que o vírus HIV. Acomete qualquer idade, mas as faixas etárias mais comuns são adolescência/juventude (entre 12 e 29 anos) e idosos (a partir dos 65).

O mês de setembro foi o mês de prevenção ao suicídio e muitas ações foram realizadas nesse período, porém o Setembro Amarelo passou, mas a prevenção deve acontecer durante todo o ano, pois a ideação suicida não acontece somente em meses específicos, sendo assim, devemos estar atentos e prontos a ajudar e acolher essas pessoas em seus sofrimentos.

Ajuda profissional especializada é muito importante (psicólogos e psiquiatras), mas a família e amigos também têm o seu papel. Aí, você pode se perguntar: como ajudar?

Várias pequenas ações podem ser feitas e que trazem grandes resultados. Todos podemos ajudar demonstrando para essas pessoas que elas não estão sozinhas, que são importantes e amadas, ajuda-las a perceber que há outras possibilidades de resolver o problemas, ajuda-las a reencontrar a esperança, mostrar (com evidências) que há novas perspectivas de vida, ou seja, dar amor.

Antes de prosseguirmos, é importante esclarecer alguns conceitos: ideação suicida, tentativa de suicídio e suicídio. A ideação suicida são pensamentos, ideias sobre tirar sua própria vida. A tentativa do suicídio é o comportamento autolesivo com consequências não fatais, com clara evidência do desejo de morte. O suicídio é a morte autoprovocada.

Os sinais mais comuns são: tristeza excessiva e isolamento, alterações de comportamento, alterações visuais (cuidados com a imagem), passam a resolver (em sua maioria) assuntos pendentes, é comum se despedirem de entes queridos (familiares e amigos), demonstrar calma repentina (pois acreditam, com a morte, já terem encontrado a solução do problema), fazem ameaças de suicídio (mesmo que veladas) e as frases mais comuns são “a vida seria melhor sem mim”, “não sei o que estou fazendo aqui”, “não sirvo pra nada”, “queria dormir e nunca mais acordar”, “se eu sumir, ninguém sentirá minha falta”, “não aguento mais essa vida”, entre outras.

As causas mais comuns são depressão, bipolaridade, esquizofrenia, problemas familiares e/ou amorosos, uso de álcool e drogas, bullying e traumas (violências físicas, sexuais e/ou psicológicas). Essas são as mais comuns, mas pode haver outras motivações.

Para se prevenir o suicídio, falar do assunto é extremamente importante, assim como procurar profissionais capacitados, não ignorar a possibilidade do outro ir ao ato, não achar que tudo é frescura ou drama. Outra ação importante de prevenção, principalmente para quem tem familiar que já tentou alguma vez o suicídio, é retirar objetos que possam facilitar o ato, como tirar do alcance dessas pessoas medicamentos, objetos corantes (como facas, tesouras, estiletes), armas de fogo, matérias de limpeza, entre outros.

O fato é que todos nós podemos contribuir no auxílio às pessoas com ideação suicida, nos mostrando presente e demonstrando compreensão sem julgamento, já é uma grande ajuda.

Então, não se esqueça, a prevenção deve acontecer durante todos os meses do ano.

Autora: Seliane Ventura – Psicóloga CRP 04/40269 – Psicóloga Clínica e Organizacional, com extensão em Psicologia Hospitalar pela Fundação de Apoio ao Hospital Universitário de Juiz de Fora

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