Autoridades destacam desafios da agricultura familiar

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Os avanços e desafios da agricultura familiar pautaram a abertura do Ciclo de Debates Agricultura Familiar: Mãos que Alimentam e Cuidam do Planeta, nesta quarta-feira (20/8/14), no Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Participantes da solenidade destacaram não só os investimentos que beneficiaram o setor, com o o crédito rural, mas também aspectos que precisam ser melhorados, como a burocracia que compromete a atividade. O evento tem como objetivos comemorar o Ano Internacional da Agricultura Familiar e lançar, em Minas Gerais, o Plano Safra da Agricultura Familiar 2014-2015, e continua até esta sexta-feira (22).

O coordenador-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), Juseleno Anacleto da Silva, destacou conquistas para o setor com iniciativas do Governo Federal, como o programa de habitação rural, o Luz para Todos e o crédito rural viabilizado pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Apesar disso, ele citou que há desafios. “A agricultura familiar deve ter um incentivo ainda maior. A questão do crédito deve ser conciliada também com a orientação ao produtor”, enfatizou.

Já o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg), José dos Reis, ponderou que, apesar de o Plano Safra 2014-2015 ser considerado o melhor já feito – pelo montante de recursos e pela interface com vários movimentos -, é preciso cuidar também da operacionalização da iniciativa. “Existe uma burocracia no segundo escalão do governo que é preciso ser rompida. O plano não pode ser engessado. Quando o produtor vai pegar o crédito (Pronaf), ele tem dificuldades. É um plano bem elaborado, mas o que nos preocupa é a sua execução”, contou.

José dos Reis protestou contra a interrupção do programa de habitação rural. Segundo ele, muitas pessoas que estavam contempladas foram surpreendidas. Para o presidente da Fetaemg, também é preciso que os pequenos agricultores tenham acesso a programas de irrigação em virtude da seca. “Falta ainda uma política massiva de reforma agrária. Precisamos retomar isso e converter esse modelo do agronegócio”, enfatizou.

De acordo com o representante da Via Campesina, Osvaldo Samuel Costa, este é um momento oportuno para se refletir sobre a agricultura familiar. “Precisamos pensar num projeto para o campo no País. Hoje ele é focado no agronegócio. Nesta ocasião em que lançamos o maior Plano Safra, também houve o maior investimento no agronegócio”, afirmou.

Segundo o subsecretário de Estado de Agricultura Familiar, Edmar Gadelha, o segmento enfrenta muitos desafios. Um deles diz respeito à sucessão rural, uma vez que há comprovadamente o envelhecimento da população do campo; o outro é representado pelas mudanças climáticas, com estiagem prolongada ou chuva excessiva. Para o subsecretário, também são desafiadores o acesso à terra, a política de abastecimento alimentar e o convívio com as inovações tecnológicas.

Fonte: ALMG

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