Mulheres dedicam mais que o dobro de tempo que os homens aos cuidados de pessoas ou afazeres domésticos em MG

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O Dia Internacional da Mulher (8 de março) traz a oportunidade de aprofundar as reflexões sobre o papel atual e esperado das mulheres na sociedade; as desigualdades persistentes entre homens e mulheres em suas distintas dimensões de análise; e o exercício de direitos e equalização de oportunidades, independentemente do sexo.

Enquanto responsável pelas estatísticas oficiais brasileiras, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com a divulgação da 2ª edição do estudo Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil, reforça a importância da produção de indicadores de gênero com um duplo objetivo: enriquecer o debate, proporcionando informações destacadas sobre o tema, e corroborar a importância de se manter uma agenda pública permanente, que coloque a igualdade de gênero como um dos eixos estruturantes da formulação de políticas públicas no País.

Estatísticas de Gênero

MG é o 3º estado com a maior diferença no número de horas semanais dedicadas aos cuidados de pessoas e/ou afazeres domésticos entre homens e mulheres;

MG é o 3º estado com a menor proporção de mulheres docentes no ensino superior;

MG é o 4º estado com a menor representatividade feminina no Congresso Nacional;

MG é o 3º estado com a menor taxa de fecundidade adolescente do país.

A mulher em Minas

Em Minas Gerais, em 2019, as mulheres dedicaram aos cuidados de pessoas ou afazeres domésticos, semanalmente, mais que o dobro de tempo que os homens (23,1 horas contra 11,0 horas). Essa desigualdade é maior no estado se comparada à média nacional que é 11,0 horas para os homens e 21,4 horas para as mulheres – Minas Gerais é o 3º estado com a maior diferença no número de horas entre homens e mulheres, de 12,1 horas (atrás de Sergipe e Paraíba).O recorte por cor ou raça indica que as mulheres pretas ou pardas estavam mais envolvidas com os cuidados de pessoas e os afazeres domésticos,com o registro de 23,6 horas semanais, ante 22,4 horas para mulheres brancas. Para os homens,contudo, o indicador varia bem menos (11,1 horas para pretos e pardos ante 10,8 horas para brancos) quando se considera a cor ou raça.

Essas desigualdades se refletem também no mercado de trabalho, pois encontram-setaxas de desocupação bastante diferentes quando se analisa também por sexo e cor ou raça. Em 2019, as taxas de desocupação para os homens em Minas Gerais eram 8,3% (6,0% para brancos e 9,7% para pretos e pardos) e para as mulheres eram 12,4% (9,5% para brancas e 14,2% para pretas e pardas). Esses resultados mostram que ser mulher, preta ou parda–e toda a desigualdade que se impõe a esse grupo – pode ser um fator que influencia negativamente sua inserção no mercado de trabalho quando comparada a um homem branco.

Minas Gerais é o terceiro estado com a menor proporção de mulheres docentes no ensino superior em relação aos homens (45,0%), atrás do Espírito Santo (44,8%) e São Paulo (43,4%). Apenas em seis Unidades da Federação (Maranhão, Mato Grosso do Sul, Piauí, Paraíba, Mato Grosso e Bahia) há uma maior proporção de mulheres. Esse indicador exemplifica o já mostrado nacionalmente pelos demais indicadores, cuja tendência é de aumento da escolaridade das mulheres em relação aos homens, embora a estrutura ocupacional de homens e mulheres permaneça bastante desigual. Ou seja, mesmo as mulheres tendo uma escolaridade mais alta, ainda assim isso não se reflete no mercado de trabalho.

A saúde é o único tema cuja condição das mulheres se mostra melhor do que a dos homens. Analisando dois indicadores, a taxa de mortalidade de pessoas menores de 5 anos 3 e expectativa de vida aos 60 anos, em ambos as mulheres se encontram em vantagem em relação aos homens, tanto no Brasil quanto em Minas Gerais.Entre 2011 e 2019, a redução da taxa anual de mortalidade de crianças com menos de 5 anos de idade e o aumento da expectativa de vida da população idosa sugere tanto a melhora nas condições de saúde na primeira infância quanto da população idosa.Em Minas Gerais, em 2019, de cada 1.000 crianças nascidas no estado, 10,6 meninas morreriam antes de completar os 5 anos de idade. Para os meninos essa probabilidade era de 12‰.Nesse mesmo ano, a expectativa de vida aos 60 anos era de 24,8 anos para as mulheres e 21,8 anos para os homens, revelando uma maior longevidade feminina.

A desigualdade entre homens e mulheres revela-se mais expressiva na representatividade política. Minas Gerais é o quarto estado com a menor representatividade das mulheres eleitas para as cadeiras da Câmara dos Deputados (7,5%) em 2018(atrás de Pará, Ceará e Pernambuco) –a proporção de candidatas era de 32,0% -e o sextoestado com a menor representatividade das mulheres eleitas para as cadeiras da Câmara de Vereadores (13,9%) em 2020 (atrás de Pernambuco, Bahia, Rondônia, Espírito Santo e Rio de Janeiro).

Na segurança pública, há também sub-representação feminina, apesar das recomendações internacionais de maior inserção das mulheres na vida pública, especialmente para fortalecer as medidas de assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar. Em 2019, Minas Gerais tinha 14,6% do efetivo das Polícias Militar e Civil composto por mulheres. O estado ocupa a décima terceira posição entre os estados com a menor participação das mulheres, embora tenha aumentado essa proporção desde 2014, quando era de 11,2% e ocupava o oitavo lugar.

Fonte: IBGE

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