Dia Mundial de Combate à Meningite: a vacina continua sendo a maneira mais eficaz de prevenção

Existem diferenças entre os tipos de meningite: bacteriana e viral.

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Celebrado nesta segunda-feira (24/4), o Dia Mundial do Enfrentamento à Meningite é de grande importância para conscientização sobre essa grave doença. 

Com taxa de mortalidade em torno de 15%, a meningite pode ser causada por vírus ou bactérias, podendo ainda causar sequelas severas. Somente em 2022, o Hospital Infantil João Paulo II (HIJPII), da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), registrou 75 casos suspeitos. 

Já em todo o estado, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), foram registrados 714 casos de meningite, 274 a mais que em 2021. 

A doença é causada por diferentes agentes infecciosos, responsáveis pela inflamação das meninges, que são as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. 

De acordo com o Ministério da Saúde, as ocorrências de meningites virais são mais comuns nas estações primavera-verão e as bacterianas no outono-inverno, sendo o sexo masculino o mais acometido pela enfermidade.

“É uma doença que merece atenção, já que pode deixar sequelas importantes como paralisia cerebral, epilepsia, perda auditiva, dificuldades no aprendizado e desenvolvimento, além de alterações motoras”, alerta a infectologista pediátrica do HIJPII, Daniela Otoni Russo. 

“Meningite é a inflamação das meninges que envolvem o cérebro e a medula espinhal e pode ser causada, principalmente, por infecções virais e bacterianas. A meningite viral costuma ser menos grave, enquanto a bacteriana tem um risco maior de sequelas e morte. Dentre as causas bacterianas, as mais comuns são a meningocócica e a pneumocócica”, afirmou a infectologista pediátrica Cristiana Meirelles, gerente médica da Beep Saúde.

Transmissão 

Por ser uma doença infectocontagiosa, a meningite pode ser transmitida de uma pessoa para a outra. O contágio geralmente ocorre por meio do contato com gotículas de saliva, liberadas pela pessoa contaminada, pela fala, tosse, espirros e beijos.

Crianças de 6 meses a 1 ano de idade são ainda mais vulneráveis, já que não desenvolveram anticorpos para combatê-la. 

Sintomas 

No caso de bebês menores de dois anos, os sintomas mais comuns são febre, prostração, sonolência, irritabilidade e abaulamento da fontanela anterior (a “moleirinha” fica alta e dura). 

Já em crianças maiores, os principais sinais são febre, dor de cabeça, vômitos, rigidez de nuca, sonolência excessiva e mudança de comportamento, podendo também surgir manchas vermelhas pelo corpo. 

Segundo a médica, o tratamentos sempre requer internação, devido à gravidade da doença. “No caso das meningites bacterianas, tratamos com antibiótico venoso”, explica. 

Prevenção

Ainda de acordo com a infectologista, a meningite tem cura, mas o diagnóstico precoce é fundamental para evitar o agravamento da doença. No entanto, o melhor é evitar o contágio. E a principal forma de prevenção continua sendo a vacina. 

“Infelizmente, observamos aumento no número de casos de meningite devido à baixa adesão às vacinas, o que deixa a população desprotegida e permite que as bactérias voltem a circular com mais força”, observa. 

As vacinas são gratuitas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e oferecidas nas unidades básicas de saúde. “As doses disponíveis para crianças são a meningocócica C, pneumocócica e a HIB. E, para os adolescentes, o reforço com a ACWY. Todas importantíssimas para prevenir a doença”, reforça Daniela. 

Vacinação para adultos

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) iniciou, em novembro do ano passado, a campanha de ampliação do público para a vacinação contra a meningite C. A campanha vai até o dia 30/4 e é voltada à população com idade a partir dos 16 anos. 

Fonte: Agência Minas

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