Saúde alerta sobre os riscos de contágio da Febre Maculosa no carnaval em regiões rurais

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Para quem vai aproveitar o carnaval em regiões rurais, atenção! Carrapatos podem causar uma doença grave, a Febre Maculosa Brasileira (FMB). Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde, nos últimos sete anos a letalidade média da FMB em Minas Gerais foi de 40% dos casos. Dos dez doentes registrados no ano passado em Minas, quatro morreram e houve aumento de 20% na quantidade de casos no comparativo com 2013.

A FMB é uma doença infecciosa transmitida através da picada do carrapato infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii, que é o agente causador da doença. Os sintomas são febre alta, dor de cabeça, dores musculares intensas, mal estar generalizado, náuseas e vômitos. Entre o segundo e o sexto dia de sintomas, pode ocorrer o aparecimento de exantemas, que são manchas ou pápulas avermelhadas na pele. O diagnóstico tardio é um dos fatores que elevam a gravidade da doença. O tratamento para a doença é feito por antibióticos e inteiramente fornecido na rede pública de saúde.

Em Minas Gerais, a principal espécie de carrapato envolvida na transmissão da FMB é o Amblyoma cajennense, encontrado principalmente em cavalos, mas que também podem ocorrer em bois, cães e capivaras.

A técnica do Programa da Febre Maculosa Brasileira da Secretaria de Estado de Saúde, Bruna Dias Tourinho, alerta que os sintomas da FMB podem ser confundidos com outras doenças. Por isso, é importante relatar ao médico caso o paciente tenha ido a regiões rurais, áreas verdes urbanas: “Indivíduos infectados relatam exposição a carrapatos, animais domésticos e/ou silvestres ou que frequentaram ambiente de mata, rio ou cachoeira, seja em atividades de lazer ou trabalho”, afirma.

Por isso, o mais importante é evitar o contato com o carrapato. Veja como:

– Utilizar botas, calças, blusas com mangas compridas e de cores claras ao frequentar áreas para pescarias, passeios ecológicos ou ter contato com animais. As cores claras facilitam a visualização do carrapato.

– Evitar caminhar, sentar ou deitar em áreas em que se saiba da existência de carrapatos

– Depois de passeios ao ar livre, examinar o corpo, especialmente das crianças

– Se encontrar um carrapato grudado na pele é necessário ter cuidado ao retirá-lo. O ideal é utilizar pinças e luvas para não esmagá-lo. Isso pode facilitar o contágio da febre maculosa

– Os ambientes rurais devem ser mantidos limpos e roçados para reduzir a população de carrapatos.

– Os bois devem ser criados separados de cavalos e a visita regular ao veterinário também vale para esses animais.

Outras doenças transmitidas por carrapatos

Outras bactérias do grupo das riquétsias, o mesmo da FMB, podem causar quadros clínicos semelhantes aos da febre maculosa brasileira, mas com diferenças nas apresentações clínicas, virulência e também na letalidade. Outros patógenos podem ser transmitidos pelos carrapatos, causando doenças infecciosas em seres humanos. Como exemplo, a Doença de Lyme/Lyme símile, (transmitida por bactérias da espécie Borrelia), ou ainda alguns vírus. Em animais, os carrapatos podem transmitir erliquiose (causada por bactéria do gênero Ehrlichia) ou babesiose (causada por protozoário do gênero Babesia).

Fonte: Agência Minas

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