Tratamentos recuperam apenas 30% dos dependentes de crack

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“A euforia, a alegria, o sentimento é o melhor do mundo, não dá para explicar”, conta Samuel Altiers Assis dos Santos sobre a sensação de fumar crack. O sorriso que a lembrança traz, entretanto, se desfaz em seguida. “Mas não dura mais do que 20 segundos”, conta, desviando o olhar. Aos 29 anos, ele já está em sua 10º internação em comunidades terapêuticas. Cada vez que saía de mais alguns meses de tratamento, acabava em alguma “cracolândia” de novo.

As ações de combate ao uso de drogas, o tratamento dos dependentes químicos e a aplicação da justiça terapêutica são temas do Ciclo de Debates Um Novo Olhar sobre a Dependência Química, que acontece nesta segunda-feira (24/6/13), às 18 horas, e terça (25), a partir das 9 horas, no Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A Assembleia de Minas também inicia, nesta segunda (24), uma série de matérias sobre o tema e promove, no dia 10 de agosto deste ano, a 2ª Marcha contra o Crack e Outras Drogas.

Depois da primeira internação, em Divinópolis (Região Central do Estado), Samuel conseguiu um emprego e tudo ia bem até o dia do pagamento. “Peguei o salário e fiquei 17 dias sem voltar para casa. Sem banho, sem comida, sem sono, pior do que bicho”, conta. Agora em tratamento na Associação Comunitária Social e Beneficente Ebenézer (Acosbe), na Capital, ele tem um novo plano. “Quando eu sair daqui, minha mãe vai administrar todo o dinheiro que eu ganhar. Preciso de ajuda”.

Recaídas como a de Samuel são comuns entre os dependentes de crack. A maioria dos 27 alunos da Acosbe são reincidentes, e o índice de recuperação no Brasil não passa de 30% – seja nas comunidades terapêuticas ou nos Centro de Atenção Pisicosocial (Caps), os dois principais equipamentos de saúde para tratamento de dependentes hoje no País.

Apesar dos resultados semelhantes, a abordagem das instituições é diferente. Enquanto no Caps o tratamento dura cerca de quatro anos, em comunidades terapêuticas, como a Acosbe, varia entre sete e dez meses. O primeiro é governamental, o segundo é oferecido pela iniciativa privada e pelo terceiro setor, e muitas comunidades são comandadas por siglas religiosas.

Fonte: ALMG

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