Personalidades de Muriaé – Paulo Alvim Monteiro de Castro

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Paulo Alvim Monteiro de Castro nasceu em 06 de abril de 1930 em Muriaé. Era filho do farmacêutico Álvaro Monteiro de Castro e de Elvira Rogério de Castro.

Fez seus estudos primários no Colégio Edmundo Germano, concluindo no Ginásio São Paulo, o Curso Ginasial, e, no Colégio Leopoldinense, o Ciclo Colegial.

Mesmo com a morte prematura de seu pai, mas apoiado pela mãe e por toda a Família, foi para o Rio de Janeiro, onde concretizou o sonho acalentado desde criança, diplomando-se em Engenharia pela Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil, onde mais tarde foi Professor do Curso de pós-graduação em Engenharia Rodoviária no período de 1960 a 1967.

Durante o curso trabalhava como desenhista no escritório da firma N. Rodrigues S.A., onde permaneceu por três anos. Ainda cursava o 5º ano de Engenharia, quando ingressou, como estagiário no DNER. Era o início de uma carreira de êxitos e sucessos. Galgaria todos os postos da hierarquia do Órgão, desde engenheiro auxiliar, chefe de Residência, Chefe de Seção, Chefe de Serviço, Assessor, substituto do Diretor, culminando com a nomeação em 1964 para o cargo de Diretor de Obras de Conservação e Restauração de Rodovias, sendo, então, o mais novo engenheiro do Órgão a alcançar o cargo de Diretor. Trabalhou em incontáveis obras de estradas por todo o Brasil.

Por três vezes foi agraciado pelo Governo Brasileiro: pelo desempenho na chefia das obras de pavimentação do trecho Juiz de Fora – Barbacena da estrada Rio-Belo Horizonte, a primeira grande obra rodoviária do Presidente Juscelino Kubitschek;, quando do término da “Fernão Dias”, outra das importantes metas do grande Presidente; e a terceira, quando sob sua direção, foram executadas as Obras de Recuperação da Rio-Petrópolis, após a tragédia da Serra das Araras, quando um desmoronamento soterrou mais de 400 pessoas e destruiu grande parte da estrada. O Governo Baiano também prestou-lhe grande homenagem, denominando Residência Engenheiro Paulo Alvim Monteiro de Castro a Residência do DNER em Cruz das Almas, o maior centro produtor de fumo do país, às margens da BR- 101. Já como engenheiro residente, escreveu o trabalho “Instruções para Controle de Misturas Betuminosas” que, publicado na Revista “Construção”, recebeu o Prêmio Pontes Correa, por ter sido considerado o melhor artigo técnico escrito naquele ano no Brasil, na área rodoviária.

Participou de inúmeros Congressos, Seminários e Reuniões, das quais podemos destacar: XI e XIV congressos Internacionais de Estradas, no Rio e em Praga, na Techecoslovaquia; 47ª Reunião Anual do Highway Research Board, em Washington – USA; integrou a Delegação Brasileira na Reunião Tripartite Brasil – Argentina – Uruguai realizada em Montevidéu para discussão ligada a assuntos rodoviários; presidiu a Delegação Brasileira na Reunião Bilateral Brasil-Paraguai em Foz de Iguaçu: integrou a Delegação Brasileira chefiada pelo Ministro dos Transportes, na reunião de Transportes e Obras Públicas dos Países do Cone Sul, em Santiago do Chile.

Era sócio ou membro de diversas associações, entre elas o Clube de Engenharia; Associação Rodoviária do Brasil; Associação Brasileira de Pavimentação; Highway Research Board (National Academy of Sciences – National Research Council).

Coordenou e chefiou inúmeros projetos de engenharia, deixando estudos e tratados sobre o assunto. Teve editado em co-autoria os livros “Curso de Pavimentação” e “Pavimentos”, sendo que o primeiro passou a ser adotado, em praticamente, todas as Escolas de Engenharia, tornando-se por muitos anos a “Bíblia” da pavimentação asfáltica em todo o Brasil, pois não havia outro livro editado em português sobre a matéria. Proferiu aulas nos Cursos de Especializações realizados em Manaus (1961), São Paulo (1962), Belo Horizonte (1962 a 1966), Juiz de Fona (1968), Rio de Janeiro (1960/1973), Curitiba (1961, 1963, 1966 e 1968), Recife (1963 a 1967), Salvador (1964), Natal (1962), Lages-SC (1968) Belém (1963).

Paralelamente ao seu trabalho no DNER era consultor técnico pela Petrobrás e, em 1969, depois de cinco anos como Diretor do DNER, passou para a iniciativa privada trabalhando por mais de 10 anos em firmas conceituadas como a EULER, a AMPLA e a SET. Voltou então ao DNER, a convite do seu diretor, onde permaneceria por mais alguns anos até vir a falecer.

Muriaé dele recebeu, através de entendimentos com Órgãos Federais, na gestão de Hélio Araújo, o alargamento da ponte sobre o rio Muriaé; a construção da nova ponte sobre o rio Preto; a construção da Nova Rodoviária na gestão de João Braz, com recursos conseguidos graças à ajuda dos conterrâneos Ivo Manarino, Carlos Augusto Feres e Dr. Pio Canêdo. Em 1969, quando se reparava para afastar-se do DNER para entrar na iniciativa privada, deixou assinalado no Mapa Rodoviário do Estado, O primitivo traçado da estrada Muriaé-Ervália.

Paulo Alvim Monteiro de Castro era casado com Dona Elba Nascimento Monteiro de Castro com quem teve os filhos Fernando, Ana Lúcia e Álvaro, todos engenheiros. Faleceu em 22 de dezembro de 1988.

Fonte: João Carlos Vargas e Flávia Alves Junqueira / Memorial Municipal

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