Personalidades de Muriaé – Gabriel José de Oliveira

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Gabriel José de Oliveira nasceu em 22 de janeiro 1877. Era filho de José Joaquim de Oliveira e Petronilha Vermelho de Oliveira. Nasceu na Fazenda Bom Retiro, Serra, Município de Palma, que pertencia a sua avó paterna D. Clara Corrêa de Oliveira, viúva de José Joaquim de Oliveira.

Perdeu a mãe com apenas dois anos de idade. Com a morte da avó Clara, foi ainda menino morar na Fazenda da Volta com seus tios Joaquina e Francisco de Oliveira Vermelho, onde foi alfabetizado. Gabriel não teve outra escola, foi daí por diante, um autodidata. Expunha com clareza suas idéias e escrevia corretamente.

Já adolescente foi morar com o pai num pequeno sítio nos arredores de Manhuaçu. Mas foi por pouco tempo. Veio em seguida para Muriaé, onde trabalhou como empregado em casas comerciais. Casou-se com Belmira Prado, sobrinha de Manoel Corrêa do Prado, que era Presidente da Câmara (Prefeito) em exercício em 1894. Tiveram oito filhos: Waldemar, Walfrido, Waldemiro, Cacilda, Maria José, Edina, Waldir e Belmira.

O casal foi morar inicialmente numa pequena casa à beira da estrada que ligava Serra a Palma, próxima à sede da Fazenda Bom Retiro, onde se estabeleceu com uma modesta venda. Assim começou sua vida comercial independente, pois até então trabalhava como empregado.

Mas, diante a crise econômica do fim do século passado, o negócio fracassou e teve que continuar seu comércio em outras terras. Primeiro na Fazenda Santa Olímpia e depois na Fazenda Paraíso da Serra. Gabriel foi vereador e subdelegado de polícia na localidade a qual pertencia sua propriedade. Integrou a Campanha Civilista de Rui Barbosa e participou da campanha política que deveria levar Júlio Prestes à Presidência da República.

Mudou-se para Muriaé no final do ano de 1910. Residiu inicialmente na Rua do Rosário e depois na Rua Coronel Domiciano, onde abriu negócio de fazendas, ferragens, louças, armarinhos etc. Começou o seu comércio sozinho, depois teve dois sócios (Luciano Alves Pereira e Theophilo Tostes) na “Casa Americana” e os negócios prosperaram. Depois deixou a sociedade para dedicar-se exclusivamente ao comércio de café, que o fascinava. Foi muitas vezes representante oficial de Muriaé nos Congressos Nacionais do Café.

Gabriel sempre prosperava, apesar das sucessivas crises econômicas que abalavam o país, e fez grande fortuna. Porém, em conseqüência da crise financeira universal de 1929 e o advento da Revolução de outubro de 1930, perdeu toda a sua fortuna.

Sobreviveu até 1940, ponto alto da Ditadura e da Segunda Guerra Mundial. Faleceu no Rio de janeiro, na madrugada do dia 16 de setembro de 1940, sendo seus restos mortais trazidos para o cemitério municipal de Muriaé. Foi homenageado na administração do ex-Prefeito Dante Bruno, que deu seu nome à rua onde morava e tinha o seu comércio de café.

Fonte: João Carlos Vargas e Flávia Alves Junqueira / Memorial Municipal com informações do livro Remembranças e Reflexões de um Octogenário, de Waldemar W. de Oliveira, filho de Grabriel

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